15/09/2014

Supersensível

Nana voltou da casa da vovó Rosa com um arranhão que o cachorro fez na perna dela. Passei um remedinho, mas não parou de doer. Falei que era assim mesmo, que logo ia passar. Ela esbravejou: "Não gosto de cachorro! Eu odeio cachorro!"
Eu: "Filha, o cachorrinho não tem culpa. Ele só quer brincar, não sabia que ia lhe machucar."
E a Nana sumiu. 
Algum tempo depois, fui até o quarto dela, que estava com a porta fechada. Pedi pra entrar. Ela tinha fechado as cortinas e estava chorando muito no escuro. Perguntei o que tinha acontecido e ela, inconsolável, explicou entre soluços: "Eu não queria ter dito aquilo dos cachorrinhos!!! Eu não odeio eles, eu amo!!!"
Que dó! Foi difícil consolá-la...

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