Pratos favoritos

Tatei: "De coisa gelada, o que eu mais gosto de comer é sorvete!"

Eu: "Ah é? E de coisa quente, do que você mais gosta?"

Tatei: "De hambúrguer e sanduíche!"

Eu: "Hambúrguer ?!? Hum... Mas não entra nada de saudável nessa lista?"

Tatei: "Ah, mãe. No sanduíche de hambúrguer tem alface!"

Pagando os pecados

Meus pais sempre contam como eu era perfeccionista desde criança e de como era difícil me ajudar com os deveres da escola. Pois bem, estou pagando meus pecados.

Tatei fazendo o dever. Queria escrever a palavra tosse. Escreveu 'tóce'. Expliquei que estava errado. Resultado: um chilique horrível ao som de: "Não é com dois Ss! Você não sabe ler nem escrever! Eu é que sei!"

Fala sério!

Pedindo figurinha

Tatei está colecionando as figurinhas de um álbum, aquele da Copa das Confederações. Eu digitava bem tranquila no meu computador, quando ele chegou de mansinho.

Tatei: "Mamãe... Eu estou com uma saudade..."

Eu: "Saudade de quê, filho?"

Tatei: "De ganhar figurinha de você!"

Nana: "Eu também! Eu também!"

Mereço!

Nova mania da Nana

Nana está numa fase de escolher brincadeiras onde possa espalhar o maior número de coisas possível pelo chão. Tipo: espalhar todas as almofadas da sala pra fazer uma piscina, ou trazer todas as meias da gaveta pra cobrir a boneca. Até aí, tudo bem. Eu deixo bagunçar. O problema é que na hora de arrumar a bagunça, ela se põe a chorar: "Mas eu estou muito cansadaaaaaa.... Como é que eu vou guardar tudo isso sozinhaaaaaa? Estou sozinha e cansadaaaaaaaa...."

Que que eu faço, gente?

Brincando de boneca

Nana: "Tá, mamãe! Você é essa boneca 'sichamada' Júlia e eu sou essa boneca 'sichamada' Sofia."

Só pensa em futebol

Maridão e eu estávamos conversando sobre dar uma ajeitada na área de estar da casa.

Maridão: "... assim a gente ajeita a copa e só falta..."

Tatei: "Isso, ajeita a Copa do Brasil e só falta...Como é mesmo o nome do outro (campeonato)?"

Tamanho das roupas

Estávamos em uma loja e eu estava procurando um pijama pra mim. 

Eu: "Será que é o G ou é o M?"

Tatei: "É o M, mamãe!"

Eu: "Como é que você sabe?"

Tatei: "É que G é de gordo. M é de magro!"

Ganhei meu dia, né?

Tem coisas... Que só a Nana faz por mim!

Estava frio e garoando. Resolvi sair bem mais cedo de casa pra buscar as crianças. Assim, o nome deles ficaria no início da lista, eles seriam chamados logo no microfone e poderíamos fugir do trânsito na volta. 

Dito e feito. Cheguei na escola 35 minutos antes de começarem a chamar os alunos no microfone e eles ficaram no comecinho na lista. Tudo certo. Fui dar uma voltinha e voltei uns quinze minutos depois. Esperei mais um pouco e começaram a vir as crianças. Chamaram o Tatei e a Nana... Tatei chegou... E aí veio a professora da Nana com quatro crianças, mas nada da Nana...

Eu: "Ué, prof? Cadê a Nana?"

Prof: "Ai, mãe. Eu já ia trazer, mas ela precisou ir ao banheiro fazer o número dois! Assim que ela terminar, eu trago."

A carreira

Tatei voltou todo feliz da aula de futsal. Ele conseguiu fazer mais um gol durante o jogo: "Viu que legal, mamãe? Já é o terceiro gol da minha carreira!!!"

Penteando o cabelo

Nana tomou banho e o Maridão foi arrumá-la. Vestiu o pijaminha e começou a pentear o cabelo dela.

Nana: "Ai!"

Maridão: "Que foi, filha?"

Nana: "É que quando você 'pentía' (=penteia) meu cabelo, parece que vai arrancar minha cabeça!"

Camelo

Nana e eu estávamos tomando banho juntas. Ela olhou bem pra mim e falou: "Olha, mamãe. Você parece um camelo."

Eu: "Como assim?"

Nana: "O camelo tem aqueles peitos nas costas e você tem na frente!"

Mereço!

Jogando forca

Compramos um quadro branco pras crianças. Adoraram a ideia e vivem rabiscando nele. Aproveitei que o Tatei já está lendo e escrevendo pra ensinar o jogo da forca. Ele adorou e a Nana também. O problema é que ela, apesar de conhecer todas as letras, não sabe nem ler nem escrever. Então fica assim: quando outra pessoa escreve a palavra ela sempre fala primeiro Y, ou como ela diz: "ispilon". E quando é a vez dela, ela enche o quadro de risquinhos e vai escrevendo letras aleatórias de acordo com o que a gente diz. Saem coisas do tipo: EDKCORMALAOEYWX. Ainda bem que o Tatei tem paciência! :)

Carrinho

Tatei anda com mania de dar carrinho pra deslizar pelo chão da casa. Claro que ele não tenta derrubar ninguém, mas estamos pegando no pé dele pra ele parar com isso.

Outro dia, ele veio em disparada em minha direção e eu corri pra trás da mesa.

Tatei: "Mas, mãe... Eu só queria dar um abraço."

Saí de trás da mesa e o abracei apertado: "Ah, tá! Adoro abraço! É que eu me assustei."

Tatei: "Por que você se assustou?"

Eu: "Achei que você ia dar um carrinho."

Tatei: "Deixa eu explicar. Se eu venho correndo e paro perto de você é porque eu quero abraço. Se eu parar longe é porque eu vou dar carrinho. Entendeu?"

Como plantar.

By Tatei.

Em resposta...

Passava um pouco das dez da noite. Eu já estava meio dormindo, quando ouvi um distante "Mããee!". Respondi sonolenta: "Oi?" Novamente: "Mããee!". Respondi de novo: "Oi?"... E novamente: "Mããee!". Sentei na cama e respondi mais alto: "Oiii?". Foi só então que percebi que ninguém estava chamando "mãe". Na verdade era o lixeiro na rua gritando "Oi!" pro caminhão seguir.... E a louca respondia oi de dentro de casa... O que o cansaço não faz com as pessoas...

As frutas

Eu: "Quais as frutas de que vocês mais gostam?"

Tatei: "Maçã, uva, manga, pêra..."

Nana: "Eu gosto de três, porque eu tenho três anos: banana, maçã e ameixa!"

Tatei: "Eu não gosto de ameixa. Ela é muito doce."

Eu: "Muito doce?"

Tatei: "Não! Eu quis dizer muito salgada!"

Eu: "Hein???"

Tatei: "Azeda! Azeda!"

Como falar biblioteca

Tatei: "Mamãe, vamos na bibioteca?"

Eu: "Quando der, vamos sim. Mas é bi-bli-oteca."

Nana: "É, Tatei. Deixa que eu te ensino: é bli-bli-o-te-ca."

Metida essa baixinha, né?

Minha "piolha"

Eu: "Piolha linda da mãe!!!", aí pensei um pouco: "Mas, Nana, eu não posso mais chamar você de piolha. Eu chamava você assim quando você era desse tamanhinho. Agora você já está grandona, né? Não é mais piolha."

Nana: "Então, mamãe, você tem que me chamar de piolhona!"

Problema resolvido!

Nana na missa

Nana e eu fomos à missa do dia das mães da escola. Ela foi bem até uma altura, depois começou a ficar entediada e a pedir pra ir embora. Aí chegou na hora da oração da comunidade. Expliquei que ela devia responder com o "atendei a nossa prece". Ela adorou e não parou mais de falar: "Atendei a nossa pressa!"

Apresentação da Nana

No sábado de manhã, foi a vez da turma da Nana homenagear as mães. Mais uma sessão de choradeira da minha parte. Minha princesa linda cantando, dançando, tão fofa, tão maravilhosa!!! Não teve como controlar. Depois também fizemos uma oficina de artesanato. Não levo o menor jeito, mas foi gostoso brincar com ela. E a professora já tinha me dito e nesta manhã eu comprovei: a Nana é a Magali da turma dela. Tinha uns biscoitinhos e chá pro café das mães. Quem mais comeu foi a Nana... Parecia uma draga! Não sei como pode!!! 

Filha, a mamãe te ama demais! Você vai ser sempre minha princesa linda!

Dia das mães na escola

Quinta-feira teve a homenagem pras mães na turma do Tatei. Foi muito legal. Eles cantaram uma música da novela Carrossel, aí mostraram uma homenagem em vídeo com o recadinho de cada aluno e no final teve uma oficina, onde mãe e filho faziam seu artesanato. Gente, eu choro horrores. Não consigo me aguentar. Quando eu olho ele ali, todo grandão, esperto, cantando e dançando, não consigo deixar de lembrar daquele bebezinho que eu carreguei no colo... Vê-lo ali, crescido, independente, é emocionante demais! 

Filhão, amo você! Obrigada pela homenagem, mas saiba que você e a Nana é que são meus maiores presentes!!!

Sábado é na turma da Nana. Aguenta, coração!!!

Nana compositora

Nana trouxe da escola uma escultura com barbante em forma de maçã. A certa altura, um dos barbantes se desprendeu. Ela pegou o barbante, foi olhar o próprio reflexo na janela e começou a dançar e cantar: "Esse barbante é meu... O meu barbante é assim... O que eu faço com um barbante assim... Vou dançar até o fim..." e depois, com outra melodia: "O barbante é meu... Não pode pegar... Se não eu vou escorregar... Escorregar e cair! Escorregar e cair!"

Muito talentosa, né?

Cofrinho da desobediência

Aqui em casa inventamos um novo sistema: o cofrinho da desobediência. As crianças recebem uma semanada de quatro moedas, que colocam em seus respectivos cofrinhos. Agora, quando desobedecem, fazem manha, brigam ou fazem birra, combinamos que eu pego uma moeda do "infrator" e coloco em um terceiro cofrinho: o da desobediência.

Pouco depois de combinadas as regras, a Nana ameaçou fazer uma mal-criação. Tatei olhou pra ela e falou: "Nana! Nana! Pára com isso! Esqueceu do cofrinho da maldade?Não, não.. É... Cofrinho da besteira!" 

Que se chama...

Nana: "Mamãe, você tem uma mamãe e o nome dela se chama 'Vavú', né? E um papai e o nome dele se chama 'Vovô', né?"

Idosos

Tatei trouxe da escola um joguinho sobre respeito. Caiu na casa 'Você ajudou uma pessoa idosa. Avance uma casa."

Maridão: "Filho, você sabe o que é uma pessoa idosa?"

Tatei: "Sei."

Maridão: "O que é?"

Tatei: "Uma pessoa com mais de trinta anos!"

Começa com...

Nana: "Mamãe, arroz começa com que letra?"
Eu: "A."
Nana: "E coração?"
Eu: "C."
Nana: "E feijão?"
Eu: "F."
Nana: "E 'frigerante'(=refrigerante)?"

O estraga-passeio

Semana passada levei as crianças ao teatro. Tudo ia muito bem, quando um dos personagens desceu até a plateia e distribuiu algodão-doce para as crianças da primeira fila, que não era onde estávamos. Pra quê?!? Tatei não assistiu mais nada da peça. Passou o resto do tempo inteiro me importunando que queria algodão-doce. Isso que ele nem gosta...

Ontem, resolvi fazer um passeio com as crianças ao museu. Na entrada, tinha um senhorzinho com um carrinho de picolé. Pra quê?!? Tatei passou o tempo inteiro torrando minha santa paciência: "Isso tá muito chato pra mim. Podemos ir? Não estou gostando mais. Podemos ir tomar picolé agora?" Arruinou o passeio. Só sossegou quando passamos na panificadora e compramos picolé pra comer em casa. 

Assim não dá!!!

Terrível

Nana incomodou durante a noite. Ficou me chamando e só dormiu quando o Maridão foi lá ficar com ela. De manhã perguntei a ela o que tinha acontecido e ela me explicou, mostrando os três dedinhos: "É que, mamãe, foi três coisas 'terrível'! Um: eu queria fazer xixi. Dois: eu fiquei com medo. Eu abracei minha ovelhinha e a Lady, mas eu estava com medo. E três: medo!"

Dá ou não dá vontade de amassar?

Alimentação das crianças

Outro dia Tatei chegou pra mim e perguntou por que só aqui em casa existe a hora da frutinha. Demorei um pouquinho pra lembrar, mas então expliquei: "Então, filho... Quando você era bem menor, acho que você tinha pouco mais de um ano, você não entendia a hora de comer as coisas. Você acordava e já queria comer feijão e arroz. Então, a mamãe teve que desenhar todas as refeições pra você entender qual era a hora de comer o quê. E a gente combinou que de manhã ia ter a hora da frutinha!"
E realmente foi assim: o figura já acordava querendo comer feijão!!! Pode isso?

Livro da Biblioteca

Nana está toda feliz porque agora pode trazer livros emprestados da escola. Chegou toda contente: "Mamãe, olha!!! Peguei o livro da abelhinha na 'bebeloteca'!"

Como acordamos hoje

Feriadão, dormir até mais tarde... Certo? Errado! Seis horas as crianças acordaram. Maridão e eu nem nos mexemos, ficamos só escutando.

Nana: "Tatei, posso ir pra sua cama?"

Tatei: "Minha cama é muito pequena. A gente fica muito apertado."

Tatei levantou e, pelo barulho, deduzi que estava arrumando a cama e trocando de roupa.

Nana: "Tatei! Põe o pijama de volta!"

Tatei: "Eu não!"

Barulhos de passos, tropeços e aquele choro da Nana.

Pronto! Hora de levantar: 6:15!!