Calculando a distância

Ganhamos alguns alfajores de presente da minha colega do curso, em agradecimento pelas caronas que o Maridão e eu lhe damos depois da aula: "A mãe dela, que mora perto da fronteira com a Argentina, que mandou pra gente. Ela quis nos agradecer por levar a filha dela pra casa depois da aula, à noite."

Tatei, atônito: "Mas a mãe dela mora perto da Argentina???"

Eu: "Sim. Numa cidade chamada Medianeira."

Tatei: "Perto da Argentina? O país Argentina???"

Eu: "Sim. Perto de Foz do Iguaçu também."

Vendo que ele estava muito surpreso, entendi a confusão: "Mas a filha dela mora sozinha em Curitiba, aqui perto de casa."

Tatei, cheio de compreensão: "Ah tááá... Eu estava pensando como o papai atravessava o Paraná em cinco minutos!!!"

Desapontada com o jantar

Maridão e eu saímos do trabalho, fomos para a academia e passamos no supermercado para abastecer a geladeira que estava vazia. 

Acabamos voltando pra casa tarde e resolvemos improvisar um jantar mais rápido para as crianças. 

Nana apareceu na porta da cozinha: "O que vai ser a janta?"

Maridão: "Franguinho, salada e miojo."

Nana, desapontada: "Mas vocês não acabaram de vir do mercado???"

Preço

Nana contou que teve que emprestar o cartão do lanche na hora do intervalo para o irmão: "Ele pegou uma mini pizza. Aí eu fiz ele me dar um pedaço."

Eu: "Fez ele te dar um pedaço do lanche dele?"

Nana: "Sim, mamãe. Nessa vida tudo tem um preço!"

O que fazer com o corpo

Estávamos jantando e Tatei começou com um assunto meio mórbido: "Quando eu morrer, não quero ser enterrado. Quero meu corpo seja doado para uma universidade."

Eu: "Credo, Tatei! Que ideia!"

Tatei: "Mas eu quero."

Eu: "Eu não vou deixar isso."

Tatei: "Mas eu vou escrever no meu testamento e você vai ter que fazer."

Eu: "Bom, na verdade, eu vou morrer antes e não vou nem me preocupar com isso."

Tatei: "Então eu vou doar o seu!"