Não me deixei abater com o incidente do teatro e no dia seguinte levei as crianças ao cinema. Sozinha de novo. Dessa vez o sermão do não-saia-de-perto aconteceu ainda no carro. E tudo correu superbem. Compramos o ingressos, ficamos passeando pelo shopping (leia-se loja de brinquedos) e voltamos pro cinema. Comprei dois pacotes de pipoca. Nesse momento foi muito complicado, pois eu tinha que segurar minha bolsa, as pipocas, os ingressos e as crianças. Como estava bem vazio (segunda-feira às três da tarde), resolvi delegar: eu carregava tudo e o Tatei ia segurando a mão da Nana. Só que foi impossível não deixar uma trilha de pipocas atrás de mim.Quando o Tatei reclamou eu disse que era para encontrarmos a saída depois do filme.
Encontramos a sala que, claro, tinha que ser a última do corredor. Acomodei as crianças, mais um monte de pipocas no chão durante o processo. Só nós três na sessão. Foi ótimo porque pude deixar a Nana bem a vontade. Ela só aguenta vinte minutos de filme, depois quer ficar em pé e sassaricar. Adorou ficar sapateando nas pipocas que derrubamos no chão. E era um filme 3D. Mas só eu fiquei de óculos até o final.
Quando acabou, saímos e devolvi os óculos. Foi quando olhei pros pés da Nana: um com bota e outro só de meia. O moço acendeu a luz pra eu encontrar a botinha da Cinderela. Todo mundo calçado, pacotes vazios no lixo... Pronto. Fomos buscar o Papai no trabalho pra voltarmos pra casa sãos, salvos e exaustos. Valeu a pena!
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