15/12/2011

Na contra-mão

Estávamos sem nada pra fazer numa manhã nublada de domingo e resolvemos dar uma volta de carro. No meio do passeio começa o diálogo.
Tatei: "Por que você não virou naquela rua?"
Maridão: "Porque era contra-mão."
Tatei: "O que é contra-mão?"
Maridão: "É quando a gente só pode ir pra um lado da rua."
Tatei: "Eu quero ir na contra-mão."
Eu: "Filho, a gente não pode entrar na contra-mão. Tem que ir pro lado certo da rua."
Tatei: "Por que a gente não pode ir na contra-mão?"
Maridão: "Porque pode bater o carro."
Tatei, após pensar um pouco: "O que acontece se bate o carro?"
Eu: "O guincho leva o carro e a gente tem que voltar pra casa a pé."
Tatei, após pensar bastante: "Mas, se a gente tiver que ir pra casa a pé, alguém vai ter que me levar no colo porque eu não aguento andar tanto."
Eu: "Nada disso! Tem que caminhar, mocinho! Você já está muito pesado pra ir no colo."
Tatei, começando a chorar: "Mas eu não quero andar tantooooo..."
Eu: "Tenho uma ideia, então."
Tatei: "Qual?"
Eu: "A gente não entra na contra-mão. Assim, ninguém bate o carro e nem precisa ir a pé pra casa!"
Maridão: "Boa! O que você acha, Tatei?"
Tatei: "Mas o que é contra-mão mesmo?"

E essa conversa foi longe...

Um comentário: